sexta-feira, 13 de maio de 2011

Oiie, resolvi tomar vergonha na cara, e atualizar isso aqui; O difícil é encontrar um assunto decente pra falar, até porque, eu não gosto de usar o blog pra dizer o que eu faço no meu dia, o que eu comi no almoço, ou quanto tirei na prova, porque isso eu já faço no twitter né.
Bom, já deve ter dado pra notar que eu só uso o blog quando quero botar toda minha raiva pra fora, é isso o que vou fazer agora porque estou extremamente revoltada com a minha vida.
Sabe, esse negócio de mudar de cidade, não tinha importância pra mim. Sempre levei na boa. Dizem que a primeira vez é a pior, porque é quando sai da terra que a gente tem raízes. Eu discordo, afinal, eu tinha 6 anos. Nem me lembro de como aconteceu. E o mesmo pras outras cidade de que fui embora. Mas agora, é diferente. Os anos que mais marcam na vida de uma pessoa, foram os que tiraram de mim de uma maneira completamente horrível.
Se me perguntarem qual foi a coisa mais cruel que fizeram comigo, com certeza eu não ia hesitar antes de responder que foi me tirar dos braços dos meus amigos, das pessoas e da cidade que eu mais amava. Um dia desses me perguntaram se eu não preferia nunca ter me mudado, ter ficado em Caçapava, poder dizer que tenho amigos de infância, ter liberdade de ir e vir quando quiser, afinal lá meus pais conhecem todo mundo e não se importavam que eu saísse pra passear sozinha. Eu penso que teria sido um ótima, ou até a melhor, maneira de não passar por tudo isso. Mas é que valeu a pena sabe.
 Porque como dizem, "O melhor das coisas não é o tempo que elas duram, mas sim a intensidade com que acontecem".
Eu já tinha superado isso, já tava aceitando, mas ontem do NADA, todos esses três anos passaram pela minha cabeça. E eu não fiquei triste só pela saudade, como antes, eu fiquei por me dar conta que inevitavelmente, eu tava seguindo minha vida. Com amigos novos, escola nova, só que eu não queria isso. Porque isso, depois de um tempo, vai ir me fazendo aceitar que esse tempo não volta mais, e me fazer esquecer. E eu prefiro mil vezes chorar por isso todos os dias, do que esquecer. E não quero fazer como dizem, levantar a cabeça e seguir adiante porque o que passou passou. Não porra. Eu quero tudo de volta. Mesmo tendo certeza absoluta de que não posso ter. E se pra continuar tendo essas lembranças mágicas, eu tiver que sofrer e chorar todos os dias, eu vou fazer isso, porque é melhor do que esquecer pra ser feliz.  Por isso, eu vou continuar me iludindo, chorando, brigando, e revoltada com o mundo. Se é assim que tem que ser, é assim que vai ser.

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